Projeto recebe MOÇÃO em 2006

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LIJUERJ promove 1º surdo a faixa-preta. Técnico divulga nota de repúdio à federação carioca e CBJ




Dez/2008

O atleta Adalberto Trigueiro conquistou neste último final de semana a faixa-preta com louvor. Uma das duas melhores notas pertenceu ao novo shodan Adalberto. A comissão de grau da LIJUERJ elogiou muito a performance do atleta surdo, onde mostrou com maestria toda sua habilidade e conhecimento técnico.

Adalberto Trigueiro é o primeiro atleta surdo no Rio de Janeiro a conquistar a faixa preta.

- É um orgulho muito grande para mim, ter meu primeiro aluno faixa preta e de forma tão brilhante. Não foi nenhuma surpresa para mim, mas a ansiedade e o nervosismo podem contribuir para um desempenho abaixo do esperado. O Adalberto é um grande atleta justamente por ter um autocontrole acima da média.

Ele é o espelho de muitos jovens do projeto, por ser uma pessoa maravilhosa, pela sua postura, seriedade, dedicação nos treinos, assiduidade e conquistas. Esta faixa tem um significado muito importante para o projeto e para toda a comunidade surda do Estado do Rio de Janeiro”, encerra o técnico Eduardo Duarte.

Quero aproveitar e agradecer aos nossos parceiros NO GI, UNISUAM, 2º BPM, Governo do Estado – SUDERJ, Ortofisi e Emprefour, pois sem eles nada disso seria possível.

Nota

Gostaria de esclarecer que como faixa preta da FJERJ e da CBJ, o meu desejo era de que o meu aluno surdo Adalberto Trigueiro também realizasse o exame pelas entidades citadas, mas infelizmente, numa reunião, foi colocado pelo presidente da FJERJ que não haveria nenhuma possibilidade de rever os valores cobrados por elas. Afirmando também em nome da CBJ. Na época, como coordenador do Judô para Surdos da FJERJ discordei dessa e de outras decisões. Quando mencionei “na época”, é porque depois de discordar de várias situações e tornar pública todas as minhas insatisfações num site especializado e através de emails, fui destituído.

Deixo aqui o meu pesar, pois a Legislação prevê várias isenções e ou benefícios para as pessoas com deficiência. Fato que não foi levado em consideração pela FJERJ. Esta é a leitura que faço, diante de tal decisão arbitrária.

Seria louvável que as demais Federações do Brasil adotem posturas diferentes da FJERJ. Deveria ser um orgulho para nós praticantes de judô, ver que nosso esporte tem a capacidade de incluir socialmente à todos. Além de trazer grande visibilidade.

Agora um questionamento: A FJERJ está fazendo a sua parte quanto a Responsabilidade Social? Será que seu estatuto(s) promove a INTEGRAÇÃO e INCLUSÃO SOCIAL? Como?

O estatuto da FJERJ exige DOIS JUDOGUIS (branco e azul) nas competições. Como isso é viável para um judô comunitário. Eu estou falando de verdadeiros trabalhos sociais, que tem como objetivo a transformação social de sua região.

Por isso, peço uma ampla reflexão sobre o verdadeiro significado dos Judôs Comunitários. Ou será que devemos dizer “Judôs Privilegiados”. Sim! Porque a grande maioria tem fortes apoios e por isso conseguem se enquadrar no estatuto da FJERJ.



Como uma Federação impõe que é obrigatório 02 (dois) judoguis (azul e branco) ao judô comunitário. E, em competições à nível Estadual. E, não venham falar de FIJ, ou seja, citar seu regulamento. Para isso, não é preciso ir muito longe.

A CBF utiliza o spray para a marcação no gramado e nem por isso foi excluída e ou punida pela FIFA.

É preciso rever os nossos conceitos. Digo, nossos, porque sou ser humano e passível de erros. Mas, não estou fechado para debates. Seria a rosa tão bela se continuasse a ser sempre um botão? O conhecimento é como a rosa.

Vamos construir uma gestão democrática. A união faz a força!

Nós (agremiações) temos o PODER de mudar. As Federações dependem de nossas anuidades, das filiações e taxas de inscrição. Será que em uma ou duas etapas sem um grande quantitativo de atletas, os respectivos presidentes de cada federação não mudaria sua postura. Com certeza! Porque dependem de um número alto de atletas filiados e participando de competições para que possam receber grandes valores de seu(s) parceiro(s). Com isso, as federações não teriam mais como receber valores altíssimos de seu(s) parceiro(s), pois não teriam como justificar os mesmos, uma vez que os campeonatos estariam “vazios”. Portanto, chamariam as agremiações para uma conversa, onde com certeza, quem sairá ganhando é o judô brasileiro.

Estou pronto para fazer parte do quadro da FJERJ, para dar minha parcela de contribuição em prol do desenvolvimento do judô do estado, desde que não seja nos moldes atuais.

O recado que deixo, é que: as pessoas passam e a entidade permanece. Mas, quanto pode nos custar a passagem dessas pessoas? Quantos alunos, atletas e judôs clubes podemos perder diante de tamanha falta de visão?

Um comentário:

  1. Olá boa tarde, sou profa. de judô em São Paulo - Capital, e pós-graduanda em Libras,tenho idéia de criar uma fundação para atender pessoas carentes, surdas, e a todos que queiram se desenvolver culturamente, através da cultura, sociabilização, judô e gostaria de saber se existe a possiblidade de eu visitar a Associação de vocês.

    Aguardo contato.....

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